Greve chega uma semana: ônibus da empresa Marina voltam a circular e trabalhadores da 1001 seguem paralisados em SL
Greve dos motoristas segue em uma empresa de ônibus em São Luís A greve dos motoristas do transporte público da Grande Ilha chegou a uma semana, nesta quint...
Greve dos motoristas segue em uma empresa de ônibus em São Luís A greve dos motoristas do transporte público da Grande Ilha chegou a uma semana, nesta quinta-feira (20), sem previsão de acordo entre empresários e trabalhadores da empresa 1001. A Transportes Marina, empresa que fazia parte do movimento grevista, retomou as atividades na quarta-feira (19) após o pagamento dos funcionários. 📲 Clique aqui e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp Moradores de 15 bairros que utilizam as linhas da empresa 1001, que ainda conta com trabalhadores paralisados, enfrentam dificuldades para circular na capital maranhense. Os ônibus atendem regiões populosas como os bairros Cohatrac, Forquilha, Ribeira, Vila Isabel Cafeteira e Vila Esperança. Na quarta-feira (19), a empresa de transporte Marina determinou o retorno dos ônibus após o pagamento do subsídio realizado pela Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB). De acordo com Marcelo Brito, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (STTREMA), a empresa 1001 chegou a pagar funcionários ativos da empresa, entretanto, benefícios como ticket alimentação e plano de saúde. Entretanto, a categoria cobra o pagamento de direitos de trabalhistas de mais de 230 funcionários demitidos da empresa 1001. Por conta do impasse, a greve continua. O Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e a Prefeitura de São Luís vivem um impasse devido o repasse do subsídio feito pelo Município. Os empresários cobram o repasse de 100% do subsídio pago pela prefeitura para regularizar o salário dos motoristas. A Prefeitura de São Luís alega que repassa apenas 80% do subsídio porque os donos das empresas colocam para rodar na cidade apenas 80% da frota, e que só pagará o valor total quando todos os ônibus voltarem a circular. Justiça cobrou empresários Trabalhadores da empresa 1001 seguem paralisados em São Luís Reprodução/TV Mirante O Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) intimou na terça-feira (18), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) a comprovar o pagamento integral dos salários e do auxílio-alimentação referentes ao mês de outubro de 2025. Os empresários das empresas Transporte Marina Ltda., Expresso Rei de França Ltda. e Expresso Grapiúna Ltda. tem até 48 horas para a comprovação dos pagamentos. A determinação é do desembargador Luiz Cosmo da Silva Júnior e atende a um pedido do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sttrema). A categoria alega que há um descumprimento da liminar que havia fixado reajuste de 7% nos salários e 10% no vale-alimentação. Com isso, o SET deverá apresentar contracheques ou comprovantes de transferência bancária que comprovem os pagamentos. Greve dos rodoviários segue e afeta empresas 1001 e Expresso Marina A Justiça do Trabalho alega que a falta de comprovação pode resultar na fixação de uma nova multa diária ao SET. A multa anterior era de 100 mil, sendo restrita aos Rodoviários e não se aplica nesta fase do processo. A Justiça alertou que a falta de comprovação poderá resultar na fixação de uma nova multa diária, direcionada ao sindicato patronal, sem prejuízo de outras medidas coercitivas previstas no Código de Processo Civil. A penalidade estabelecida na liminar anterior - de R$ 100 mil - era restrita aos Rodoviários e não se aplica nesta fase do processo. Prefeitura disponibiliza vouchers Sem a solução do impasse, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) anunciou o pagamento de vouchers em corridas por aplicativo no valor de 30$ (ida e volta), para a população. Os pagamentos serão feitos pela Prefeitura da capital e já estão em vigor. O prefeito chegou a afirmar que a Prefeitura iria repassar o subsídio direto para uma conta na Justiça, já que um acordo firmado meses atrás determinava que o valor do subsídio é destinado apenas para o pagamento dos trabalhadores do transporte público, de modo que não deveria existir greve por atraso de salários. Greve dos motoristas de ônibus em duas empresas afeta moradores em São Luís Juvêncio Martins/TV Mirante O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) informou, em nota, que não recebe valores diretamente de entes públicos para repasse a empresas privadas ou pagamento de salários, e que isso só seria possível no contexto de um processo regularmente instaurado — o que não é a situação atual. Nesta terça-feira (18), a Justiça do Trabalho analisou a ação ajuizada pela Prefeitura de São Luís e considerou extinta sem julgamento de mérito. A decisão é da juíza Noélia Maria Cavalcanti Martins e Rocha, titular da 5ª Vara do Trabalho de São Luís. Na decisão, a juíza reconheceu "a incompetência funcional do juízo de primeiro grau para analisar questões relacionadas à greve do sistema". A magistrada alega que qualquer controvérsia envolvendo abusividade da greve, deve ser tratada diretamente pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), e não por varas trabalhistas. Conflito entre SET e Prefeitura existe há meses O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) afirmou que a crise no sistema de transporte público da capital se agravou pela falta de repasse de subsídios da Prefeitura, que já somam cerca de R$ 7 milhões. Segundo o sindicato, os recursos são essenciais para manter a operação e pagar salários dos rodoviários. O repasse está previsto em acordo homologado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), mas, de acordo com o SET, vem sendo descumprido pelo município. A entidade alerta que, sem a regularização, há risco de paralisação total do sistema. Desde fevereiro, por decisão liminar do TRT-MA, apenas 80% da frota de ônibus circula em São Luís. A medida foi determinada para garantir atendimento mínimo à população durante greves. O SET afirma que cumpre a decisão e está à disposição para diálogo. O prefeito Eduardo Braide (PSD), por sua vez, declarou nas redes sociais que o pagamento integral dos subsídios só será feito se 100% da frota voltar às ruas. “Os empresários só estão rodando com 80% da frota, e mesmo assim querem receber 100% do valor do subsídio, algo que não vou aceitar. Se quiserem receber 100%, terão que rodar com 100% da frota”, afirmou. A frota reduzida foi fixada em fevereiro, quando a última greve dos rodoviários terminou por decisão da desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva. A liminar também estabeleceu reajuste de 7% nos salários e 10% no auxílio-alimentação. O SET afirma que não houve avanço nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho de 2024 e que o impasse continua. Em ofício enviado à prefeitura em 7 de novembro, o sindicato classificou o cenário como de “insegurança jurídica, social e econômica” e acusou o município de se recusar a firmar acordo. “A recusa do Município de São Luís em negociar perpetuou o conflito coletivo e retirou a possibilidade de Convenção Coletiva neste ano, prejudicando direitos e garantias de empregados e empregadores”, diz o documento.